Diário de Bordo - Ferraz de Vasconcelos



20 de junho de 2012
Acordar às 3 da manhã nunca me apeteceu, mas tem se tornado uma constante em minha vida... Sono a parte fomos à viagem. O carro já estava carregado desde o dia anterior e agora é pegar Ana Carolina Nardi e Lala Machado, e torcer para os humores estarem a contento. Rick e Thiago seguiram em outro carro, e lá fomos nós. Com o GPS da Ana a coisa mais fácil é se perder kkk brincadeirinha. Falando sério acabamos conhecendo uma boa parte de Ferraz, ou seria Suzano, ou melhor, Poá? Realmente não dava pra saber bem onde estávamos, sei apenas que conheci muitos muros e ruas apertadas. O transito nem se fala. A primeira escola que fomos foi EMEIF Jose Sebastião, escola rural uma graça. Adorei a horta, alias isso me lembra o interior, Nova Odessa, onde morei, adorava comprar verduras frescas. Fomos muito bem recebidos e a apresentação foi muito boa, considerando que foi a primeira. Começamos com um grande surto, nosso cd, que é o grande verbo da cena, não funcionou e Rick e Thiago tiveram que dar um jeito com a trilha base, Rick se virou muito bem, saiu perfeito e antes da segunda apresentação praticamente não se percebia que não era a trilha original. Após a apresentação tomamos um delicioso café da manhã e fomos à segunda escola, EMEIF Antônio Schaiavinat, a apresentação aconteceu no horário combinado e foi bem legal. Thiago estava meio passado e entrou em cena antes da hora. Lala não deixou por menos e disse: “Vamos tirar ele de lá”... E lá fomos nós, remover o desinformado da cena, foi um sarro só. Após a apresentação Ana quase se perdeu nos corredores da escola, sendo arrastada por um grande numero de alunos que queriam um autógrafo. Bom, terminada a primeira etapa recolhemos tudo e bora almoçar, quem nos acompanhou foi o Paulo, nosso novo GPS dentro de Ferraz, as orientações dele me lembraram Daniel, ele me dizia vire aqui, quando já nem dava mais tempo, seta é algo que não se usa por aqui.  Percurso a parte chegamos à secretaria de educação, Paulo nos mostrou todas as dependências e setores nos apresentando quem estava por lá, fomos finalmente ao objeto de desejo, o refeitório. Que delicia, o cheiro era ótimo e o pessoal que estava por lá muito agradável, Conheci Meire nessa ocasião, pessoa alegre e descontraída. Ouvimos algumas piadas sobre gaúchos e conhecemos mais algumas pessoas. Mas o tempo era curto e após o café tivemos que voltar às escolas. Fomos ao segundo round do dia. Parece que o almoço nós deixou moles, mas as apresentações não deixaram a desejar, de uma escola a outra o dia seguia em paz, até que... Ana Carolina Nardi a melhor, melhor do mundo fez a cagada do dia. Sempre terminava as apresentações agradecendo as escolas a secretaria de educação e a prefeitura de Ferraz e fazendo as crianças dois pedidos, o primeiro que fizessem um desenho da peça e mostrassem aos pais, avós e por ai vai, o segundo, pedia que ficassem sentados para que os professores chamassem classe por classe para que ninguém se machucasse. Ótimo, tudo ia muito bem, até que na ultima apresentação, ao fazer a primeira recomendação às crianças à dita cuja disse que ela era a mais bonita e o personagem preferido das crianças... Acabou ali a paz. Foi uma multidão de crianças se levantando e falando todas ao mesmo tempo e dali em diante não havia mais apelo a se fazer. Lala e Thiago e Eu nos olhávamos incrédulos no que a Melhor do mundo havia feito, oh vontade de matar. Até o Roberto, que eu chamei todos os dias de Rodrigo não aguentou e entrou na tiração de sarro. Acabado o tumulto desmontamos tudo e tomamos aquele lanche gostoso. Foi muito bom. Paulo chegou para nos guiar até o hotel e lá fomos nós entender por que ele quase morreu em um acidente de transito, meu Deus o povo daqui não dirigi eles tentam se matar e às vezes não conseguem. Chegamos ao nosso destino e a sensação ao vermos a cama, creio, foi semelhante ao dos participantes do “perdidos na tribo”, nos esbaldamos. Após o banho, alguns minutos na internet e o termino da empreguetes fomos comer alguma coisa. Rick não estava nada bem, comprou uns remédios e fomos comer a comida mais demorada do mundo. Voltamos quase 11 da noite e dormimos, eu fiquei com a cama de casal, kkkkk, merecida. Lala teve até pesadelos por causa do travesseiro. Acordamos as seis e após o banho fomos ao refeitório. Os meninos foram bem mais rápidos que a gente e por isso quando chegamos eles já tinham terminado, eu como pouco, então acabei logo e comecei a apressar as meninas, afinal já era mais de sete e 10 e nossa apresentação seria as oito em uma escola que não sabíamos onde ficava. Ana ficou puta da vida e já soltou um “porra caralho” (kkkkk), mas horário é horário e fomos nós. Nos atrasamos um pouco, pois tinha transito, mas chegamos à escola Emeif Halin Abisamra, primeiro fui a uma creche que funciona no mesmo local e ninguém sabia nada, fiquei assustada, mas logo fui informada que devia ser na escola ao lado e era mesmo. Descarregamos, montamos o cenário e partimos para a 1º apresentação do dia em uma quadra enorme, com pombos que nos faziam de alvo. Foi muito boa apresentação, terminamos e fomos à segunda escola. Montamos e apresentamos, estávamos um pouco atropelados com o horário e por isso todos estávamos meio acelerados, menos a Ana que trabalhava em outro tempo, mas, como ela não estava no seu melhor humor ninguém queria dizer nada.  Terminada a primeira etapa, espera nosso GPS Paulo, esperamos e esperamos, já íamos desistir quando ele apareceu e nos levou por um caminho tortuoso, quase nos matou, carros que viravam sem dar seta, caminhões na contra mão, buracos e ruas mega apertadas. Foi um Deus nos acuda. Chegamos vivos e comemos... “feijoada”, hoje fui obrigada a repetir. Encontramos Rodrigo Roberto e voltamos para as escolas. Segunda etapa cumprida um café da tarde para despedia e vamos nós confiando no GPS do Thiago. Andamos, rodamos e quase morremos, chegamos à beira do mundo sem ruas, sem luz, sem casas, éramos nós e a escuridão. Mais do que depressa demos meia volta e partimos em nova direção e... Achamos a saída, me senti no labirinto do Minotauro.  Encaminhados seguimos para nosso lar onde nossa família nos aguardava com ansiedade.
E foi assim que tudo aconteceu na terra do faz de conta.
Ana Paula Santos

3 comentários:

  1. Sacanagem Paula, dá maneira q vc escreveu parece q sou um Monstro kkkkkk
    é meu bom humor estava afiadíssimo no dia 21, mas eu tenho provas físicas, psíquicas e morais para tanto disposição eu estava de T.P.M, enfim, adorei o seu diário de bordo e
    gente foi isso mesmo q a Paula escreveu sem por nem tirar, já estou com saudades de quase morrer em Ferraz kkkkkkk

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  2. Se não fosse uma grande aventura, não seria mais uma viagem da Cia Popatapataio.
    Sempre há aventuras onde fazemos o que gostamos.
    Parabéns pessoal

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  3. A/C Sr. Rick Amaral.
    dia 30 passou... Como ficamos?

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